Volta a portugal em coreto
Centro de arte oliva, s. joão da madeira, 2019-2020
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Dedicado a Natália de Andrade (2016-2019)
Pintura mural (tinta acrílica sobre parede (310 x 287 x 53 cm)) com desenhos e pinturas (grafite, marcador, caneta, lápis de cor e tinta acrílica sobre papel) e protótipo do Coreto (145 x 139,5 x 135 cm).
Vista da exposição colectiva TRABALHO CAPITAL # ENSAIO SOBRE GESTOS E FRAGMENTOS, um projecto de Paulo Mendes, 2019-2020
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Dedicado a Natália de Andrade (2016-2019)
Papel de parede (310 x 287 x 53 cm), com pintura (óleo sobre tela) (61,7 x 48 cm), conjunto de 10 pinturas (tinta acrílica e cola branca sobre tela) (35 x 25,8 cm) e protótipo do Coreto (145 x 139,5 x 135 cm).
Vista da exposição colectiva TRABALHO CAPITAL # ENSAIO SOBRE GESTOS E FRAGMENTOS, um projecto de Paulo Mendes, 2019-2020
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Dedicado a Natália de Andrade (2016-2019)
Papel de parede (310 x 287 x 53 cm), prateleira com folheto (16,2 x 27 cm) e protótipo do Coreto (145 x 139,5 x 135 cm).
Vista da exposição colectiva TRABALHO CAPITAL # ENSAIO SOBRE GESTOS E FRAGMENTOS, um projecto de Paulo Mendes, 2019-2020

Volta a Portugal em Coreto (2020)
Cartazes que fazem um papel de parede (310 x 287 x 53 cm).
Vista da exposição colectiva TRABALHO CAPITAL # Greve Geral, um projecto de Paulo Mendes, 2020
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Pensado como um monumento público de homenagem ao performer amador, Volta a Portugal em Coreto surge vinculado a um evento: em 1982, a diva da ópera Natália de Andrade, conhecida pelas suas dificuldades de afinação, é convidada para cantar no programa televisivo Passeio dos Alegres, na RTP. A meio da sua performance, devido a um erro da produção, uma chuva de pétalas de rosa, que deveria coroar a atuação, começa a cair sobre a sua cabeça. Este desaire transformou a performance num espetáculo trágico-cómico - no centro via-se a cantora a debater-se entre a tentativa de projetar a sua voz e a tentativa de impedir que as pétalas caíssem dentro da sua boca.
A premissa para o projeto, que inicialmente pretendia ser apenas um gesto de homenagem à cantora chamando-se então apenas Dedicado a Natália de Andrade, surge da intenção de transformar aquela chuva de pétalas de um fenómeno ridículo num símbolo catártico, pensando em como transformar um momento risível no centro de um momento de celebração comunitária. Nesse sentido, o coreto aparece para o projeto como o palco ideal, para servir de ponte entre o evento e o cantor amador. Tendo a voz da Natália de Andrade como elemento central para o trabalho, recorre-se a uma partitura vocal da sua performance para perfurar no teto do coreto, um conjunto de buracos com forma de pétala. Através da incidência de luz solar na estrutura, o coreto recupera metaforicamente a chuva de pétalas original, fazendo da voz da cantora uma espécie de bênção para os potenciais cantores amadores. O projeto culmina numa performance de rua, onde o coreto móvel visita várias regiões de Portugal para convidar cantores amadores debaixo da sua estrutura.
Volta a Portugal em Coreto foca-se na idealização, na construção e na intervenção pública desse coreto. Para isso passa por inúmeras fases onde se vai metamorfoseando graças ao contributo de diferentes meios: desde a idealização da estrutura arquitetónica, à especulação em torno de símbolos provenientes da vida da Natália de Andrade, à produção do coreto, à realização de um evento performativo, até à reapresentação do projeto em diferentes contextos expositivos.
Volta a Portugal em Coreto pensa a relação entre o monumento e o espaço público, sobre a técnica, associada ao trabalho manual, tendo a reflexão sobre a desvalorização do ornamento e do kitsch como elemento central para a pesquisa, e sobre a utilização da tradução e da contaminação entre múltiplos meios - pintura, desenho, fotografia, performance, arquitetura, tipografia, texto - como ferramenta narrativa.
Este projeto conta com o apoio da Artworks e da Appleton - Associação cultural.

Volta a Portugal em Coreto (recordações 1) (2020)
Grafite, marcador e caneta sobre papel, 61,3 x 43,9 cm
Bons sons, cem soldos, tomar, 2019
© Créditos fotográficos: Inês Oliveira
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
© Créditos fotográficos: Inês Oliveira
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© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Volta a Portugal em Coreto (2019)
Documentação da performance de rua, aquando da passagem pelos Bons Sons, Cem Soldos Tomar, 2019.
Em colaboração com os locais e a equipa do festival.
Ficha técnica do projecto:
Animador de rua: Márcia Gomes, Peter Castro
Fotografia: José Costa, Inês Oliveira, Tiago Madaleno
Vídeo: Adriana Romero, Bruno Lança, Joana Patrão, Inês Oliveira
Produção: Paloma Bernaudeau, Tiago Madaleno
Apoio: Artworks e Appleton Associação Cultural
artworks, pÓVOA do Varzim, 2018

© Créditos fotográficos: Tiago Madaleno
Dedicado a Natália de Andrade - protótipo (2018)
Protótipo para coreto - chapa e tubo de alumínio, ponta-seca, alças de polipropileno, 145 x 139,5 x 135 cm
Vista da exposição colectiva Bom Caminho Errado (residência artística No Entulho #01), 2018
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© Créditos fotográficos: Bruno Lança
Dedicado a Natália de Andrade - padrão vocal (2017-2018)
Óleo sobre tela, 125 x 110 cm
Vista da exposição colectiva Bom Caminho Errado (residência artística No Entulho #01), 2018
